Carinhosamente apelidada de Jenny, a jabuti foi encontrada com parte da carapaça faltando por conta das queimaduras.
Em entrevista à TV Integração, o professor e médico veterinário Cláudio Yudi explicou que a roupa é desenvolvida com uma resina sintética, já utilizada em seres humanos, mas inédita para animais.
"Devido à extensão das queimaduras, ainda ocorre a soltura das placas córneas, um processo relativamente prolongado para répteis. A proteção provisória, feita de gesso sintético, similar ao utilizado em casos de fraturas em membros de humanos e animais domésticos, permite a observação diária, aplicação de tratamentos tópicos e a posterior remoção das placas mortas", disse.
A peça é temporária e visa proteger a Jenny em seu processo lento de cicatrização, permitindo a retirada da peça para serem feitos os curativos na carapaça e remoção de placas mortas.
Após a cicatrização, a roupa provisória será substituída por uma resina mais avançada, feita em uma máquina de 3D para maior proteção.
Devido aos ferimentos, Jenny não poderá voltar ao seu habitat natural, por se tornar um alvo fácil para pedradores.
Por isso, segundo Yudi, após o tratamento, a jabuti poderá ser levada para um zoológico ou criadouro conservacionista — local no qual animais silvestres são mantidos para criação e reprodução para conservação de espécies ameaçadas.
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Jabuti Jenny ferimentos carapuça roupa sintética HVU Uberaba — Foto: HVU/Divulgação